quarta-feira, 25 de novembro de 2015






Líder do governo no Senado teve prisão determinada por suspeitas de que ele estivesse atrapalhando as investigações sobre o escândalo do petrolão


O senador Delcídio Amaral em Brasília(Geraldo Magela/Agência Senado/VEJA)

A Polícia Federal prendeu nesta quarta-feira o senador Delcídio do Amaral (PT-MS), líder do governo no Senado. A ação foi autorizada pelo ministro Teori Zavascki, do Supremo Tribunal Federal (STF), por suspeitas de que o senador estivesse obstruindo as investigações sobre o escândalo do petrolão. Também foram presos o banqueiro André Esteves, do BTG Pactual, e Diogo Ferreira, chefe de gabinete do petista. A PF ainda cumpre mandados de busca no Congresso Nacional como desdobramento das investigações da Lava Jato. Os policiais atuam em São Paulo, Rio de Janeiro, Brasília e Mato Grosso do Sul

Esta é a primeira vez que um senador é preso no exercício do mandato. O motivo são suspeitas de que Delcídio teria coagido o ex-diretor da Área Internacional da Petrobras, Nestor Cerveró, indicado por ele na petroleira, a não dar detalhes sobre o esquema de corrupção na Petrobras. O senador chegou a oferecer meios para que o ex-dirigente fugisse do país. Cerveró chegou a negociar um acordo de delação premiada, mas não obteve sucesso.

Nas investigações, o nome de Delcídio Amaral foi citado pelo delator Fernando Baiano, que afirmou à força-tarefa da Lava Jato que o líder do governo teria recebido até 1,5 milhão de reais em propina na negociação da compra da refinaria de Pasadena, no Texas. O dinheiro sujo teria sido utilizado na campanha de Delcídio ao governo do Mato Grosso do Sul, em 2006.

Citações contra o líder do governo já haviam sido feitas pelo ex-diretor da Petrobras Paulo Roberto Costa, mas o procurador-geral da República Rodrigo Janot não viu indícios suficientes para pedir a abertura de investigação contra o parlamentar. Em depoimento, Costa ainda indica que o ex-diretor da Área Internacional da petroleira, Nestor Cerveró, autoridades ligadas ao PMDB e o operador do partido no escândalo do petrolão, Fernando Baiano, podem ter embolsado até 30 milhões de dólares em propina na compra de Pasadena. O próprio Delcídio foi diretor de Gás e Energia da Petrobras.

Delcídio Amaral chegou pouco antes das 8h30 na Superintendência da Polícia Federal, em Brasília, onde dará os primeiros esclarecimentos sobre o caso. No Supremo, o ministro Teori Zavascki convocou uma sessão extra e secreta da 2ª Turma do STF para discutir as prisões. Há um mandado de prisão também contra um advogado.
Fonte :VEJA










Lomanto Júnior governou a Bahia entre 1963 e 1967

O ex-governador da Bahia Antonio Lomanto Júnior, que iria completar 91 anos no próximo domingo, morreu na noite desta segunda-feira, 23, no Hospital Português, onde estava internado há 45 dias, devido a complicações renais.

O corpo de Lomanto Júnior será velado no Palácio da Aclamação (Av. Sete de Setembro, ao lado do Passeio Público), nesta terça, 24.

O corpo será trasladado para o município de Jequié, sua terra natal, e será velado na quarta-feira, 25, na Catedral de Santo Antônio. O enterro está marcado para o mesmo dia, às 17 horas, no Cemitério São João Batista.

Avô do deputado estadual Leur Lomanto Junior (PMDB), o ex-governador Lomanto Júnior começou a carreira política em 1946, como vereador de Jequié, no sudoeste do estado.

Foi prefeito da cidade, alcançando projeção ao levantar a bandeira do municipalismo, fato que o levou a conquistar o governo do estado no ano de 1962, sendo eleito o governador mais jovem da história da Bahia, aos 37 anos.

Lomanto Júnior também foi deputado estadual, deputado federal e senador da República, entre 1979 a 1987. Ele encerrou a trajetória na política como prefeito de Jequié, no final dos anos 1990.

Durante o mandato de governador, Lomanto respondeu pela implantação do Centro Industrial de Aratu e, em Salvador, reconstruiu o Teatro Castro Alves e construiu a Avenida Contorno.

Também inaugurou estradas importantes na Bahia, como as ligações com a BR-101, e eletrificou todo o Estado, integrando os Sistemas Paulo Afonso e Funil.

Lomanto deixa a esposa, Hildete, cinco filhos (Lomanto, Leur, Lilian, Tadeu e Marco Antonio), dez netos e dez bisnetos
Fonte:A TARDE

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