domingo, 28 de setembro de 2014



Foto: Divulgação

Segundo Paulo Roberto Costa, ex-diretor de Abastecimento da Petrobras, a campanha da então candidata à presidência da República pelo PT, Dilma Rousseff, teria pedido, em 2010, o valor de R$ 2 milhões. De acordo com a revista "Veja" deste sábado (27), o então coordenador da campanha da petista, Antonio Palocci, requisitou o dinheiro que viria do esquema de corrupção liderado por Costa na estatal. A reportagem afirma que, em um depoimento no processo de delação premiada, o ex-diretor não soube informar se o dinheiro acabou realmente sendo usado para financiar a campanha de Dilma na forma de caixa dois.


Ainda de acordo com a "Veja", a conversa entre Costa e Palocci ocorreu antes do primeiro turno das eleições de 2010 e o dinheiro, segundo o ex-diretor da petroleira, viria da "cota do PP" na Petrobras. Essa cota seria a propina paga aos políticos pelas empreiteiras com negócios com a empresa estatal. Segundo Paulo Roberto Costa, os desvios chegavam até 3% do valor dos contratos que elas obtinham. O PP, que apoiou informalmente Dilma nas eleições de 2010, foi o partido que indicou Costa para o cargo de diretor de abastecimento e, por isso, receberia também sua parte no esquema. Palocci, por sua vez, informa a "Veja", tinha bom trânsito na Petrobras por já ter integrado o Conselho de Administração da estatal.


Envolvimento de Alberto Yousseff 


A revista afirma também que as propinas do PP na Petrobras seriam administradas pelo doleiro Alberto Youssef, também preso em Curitiba por conta da Operação Lava Jato. Costa e o doleiro foram detidos em março durante a operação da Polícia Federal. Segundo a "Veja", o ex-diretor da Petrobras contou em seu depoimento que acionou Youssef para viabilizar a contribuição à campanha de Dilma, embora não tenha dado certeza de que isso evidentemente ocorreu. Ele afirmou apenas que "aparentemente" a doação foi feita, uma vez que Palocci não voltou a procurá-lo para pedir dinheiro. Youssef aderiu recentemente ao mesmo processo de delação premiada.


O depoimento de Costa, segundo a "Veja", foi enviado ao gabinete do procurador-geral da República, Rodrigo Janot. A assessoria de Dilma informou à revista que o então tesoureiro da campanha em 2010 era o deputado federal licenciado José de Filippi (PT-SP). Afirmou ainda que todas as doações recebidas fazem parte da prestação de contas entregue e aprovada pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE). METRO1

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